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Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, visitou a Área Marinha Protegida Comunitária das ilhas Urok


A Área Marinha Protegida Comunitária de Urok (AMPC Urok), recebeu no passado dia 8 de Fevereiro, a visita de Ramos Horta, Nobel da Paz e Representante oficial das Nações Unidas na Guiné-Bissau. O representante oficial de Ban ki-Moon, esteve na Ilha de Formosa durante três horas para conhecer as experiências inovadoras em curso na AMPC Urok, inscritas no processo de governação participativa e de valorização do património natural e cultural desta AMPC.

Ramos Horta e sua delegação passaram em primeiro lugar pela sede do Comité de Estado do Setor de Caravela, na vila de Abú, onde receberam os cumprimentos de boas vindas do Secretário Buli Camará, em razão de ausência do administrador. De seguida, visitaram a sede da ONG Tiniguena, onde foram acolhidos pelo seu Diretor Executivo, Miguel de Barros e a equipa técnica de apoio à AMPC Urok que lhes deu uma breve informação sobre o historial do processo de criação da AMPC Urok, as suas regras de gestão e zonagem, a estrutura de governação partilhada e as dinâmicas que sustentam e animam o funcionamento desta AMP.

Depois, foi realizada uma visita guiada às principais infraestruturas construídas no quadro da intervenção da Tiniguena e de seus parceiros na AMPC Urok, (IMVF, com co-finanicamentos da União Europeia e do Instituto Camões, a FIBA, com financiamento da MAVA e a Oxfam-Novib com financiamento do Governo Holandês), nomeadamente a nova sede da AMPC Urok, a nova maternidade no centro de saúde, a ampliação da escola de ensino básico, e biblioteca comunitária anexa, a horta escolar, as unidades de transformação de produtos locais (artesanato, malagueta e flor de sal), a Casa de Ambiente e Cultura, onde presenciou a exibição de uma dança de kabaros, e a rádio comunitária Fala di Urok, onde deu uma entrevista em direto.

Nessa entrevista, o representante das Nações Unidas deixou as suas impressões sobre a visita, tendo-se manifestado muito satisfeito com o que viu e ouviu, em particular pelo empenho das comunidades locais em proteger e valorizar o que é seu e também pelo apoio que a União Europeia e outros parceiros estão dando ao que ele classificou como “um importante processo de desenvolvimento”. Declarou que vai usar da sua influência para encorajar não apenas a União Europeia mas também as organizações do sistema das Nações Unidas e algumas fundações, a reforçar ainda mais os apoios dados para ajudar a melhorar as condições de vida dos residentes. Interrogado pelo jornalista, Ramos Horta disse que não lhe cabia dar conselhos, mas acredita que a sociedade Bijagó tem um conhecimento tradicional secular que pode contribuir para aperfeiçoar e consolidar o processo de conservação e governação participativa em curso nas ilhas Urok.

No final da visita, o Prémio Nobel da Paz teve um pequeno encontro com representantes das comunidades e dos serviços públicos locais (segurança, saúde, educação), que ouviu com muita atenção e sem precisar de tradução, sobre as suas preocupações em particular nos domínios da saúde e da educação. Em resposta, prometeu ver a possibilidade de conceder alguns apoios a esses setores de formar a contribuir para a melhoria na prestação de serviços de base, sobretudo para o centro de saúde. Finalizou a sua breve alocução advertindo que as ilhas dispõem de uma enorme potencialidade a nível da sub-região para o desenvolvimento do ecoturismo. Mas, no entanto, considerou que isso só seria sustentável daqui a uns 20 anos e caso o país consiga normalizar o funcionamento das instituições e consolidar o processo democrático.
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